Na sociedade, a hipocrisia social pode se manifestar quando há um reconhecimen
to formal dos direitos e da dignidade de todos, mas, na prática, grupos desfavorecidos, como crianças e adolescentes em situação de pobreza, continuam a enfrentar barreiras significativas ao acesso a oportunidades e recursos. Essa desconexão entre o ideal e a realidade pode perpetuar a desigualdade e a exclusão social.
Institucionalmente, a hipocrisia pode ser vista quando as políticas e leis que deveriam proteger os mais vulneráveis são mal implementadas ou aplicadas de forma desigual. Embora o ECA, por exemplo, estabeleça diretrizes claras para a proteção integral das crianças e adolescentes, a efetividade dessas diretrizes depende da vontade política, do financiamento adequado e do compromisso das autoridades e da sociedade em geral. Quando esses fatores não estão presentes, a lei pode se tornar mais uma ferramenta retórica do que uma realidade prática, contribuindo para a manutenção do status quo e a perpetuação das injustiças sociais.
Essa crítica é essencial para provocar mudanças reais, pois expõe as falhas e a necessidade de uma atuação mais consistente e justa, tanto por parte das instituições quanto da sociedade como um todo. Para que os ideais de justiça e igualdade deixem de ser meras promessas, é fundamental que as práticas institucionais sejam alinhadas com os valores proclamados, garantindo que todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, sejam realmente protegidos e incluídos.
Muito interessante e completo o texto.
ResponderExcluir